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Dá para saber quando estamos sendo enganados ou não? A tecnologia permite maravilhas, inclusive a facilidade de ludibriar e enganar as pessoas. Até os menos ingênuos estão fadados a cair em uma tentação ou outra. As comprar “on-line”, pela sua facilidade e aparente “segurança” são cada vez mais requisitadas, mas é preciso cautela, o golpe pode estar do outro lado da rede.

E as informações são tão desencontradas que cansam. A imbecilidade também, às vezes por parte minha, como consumidor que acredita em tudo que está escrito e deixa de questionar coisas fundamentais como descumprimento de prazos, de promoções que não são tão fantásticas como se apresenta. E, sabe o que é mais chato, as empresas e vendedores “on-line” são de carne e osso, pior, muito pior, por estarem escondidos em uma fachada virtual.

Qual a solução? Existe alternativa? Existe saída?

Há uma série de pessoas bem intencionadas e o mais fundamental nesse caso, pessoas honestas atuando nesse ramo, mas os ovos podres tem também sua chance. O número e facilidade de dados que a internet troca e é capaz de deixar grandes vigaristas do início do século passado, passarem como simples amadores, mesmo.

Nós queremos confiar, queremos comprar, mas um deslize pode sair bem caro, é isso que preocupa muitos que tem verdadeiro horror a qualquer compra através das novas ferramentas. É certo que a facilidade do endividamento é grande e por isso a cautela se torna cada vez mais fundamental, ser enganado pelos bancos, comércios e ludibriado por um materialismo pobre é fácil, principalmente quando falta Educação e consciência para percebermos que estamos sendo enganados.

Aí é que a coisa começa a ser mais angustiante, por um lado quando percebemos que estamos sendo pressionados por um mar de inutilidades a tentação é grande, mas perceber o que é supérfluo pode poupar o consumo desse inútil. Mas nem sempre, afinal há vontades, desejos provocados ou não pelas propagandas que permeiam o subconsciente de cada um e a definição de inútil se flexibiliza de acordo com o sujeito. Mesmo assim, perceber o que é ou não útil é fundamental, embora seja passível de interpretações.

Estar ou não alienado dentro do sistema não torna esse sistema mais ou menos inútil e não torna o consumo menos desnecessário, consumir melhor, mais consciente, responsável e sustentável é possível, mas é preciso também acessibilidade, conhecimento, informações confiáveis e não um jogo de interesses e bombardeamento de informações desencontradas como é muitas vezes visto para desestabilizar, confundir ou desviar a atenção.

Se tornar consciente do que ocorre nesse sistema pode ser mais desesperador e desanimador, mas é o único caminho para que uma alternativa real, durável e sustentável possa existir, enquanto existir pessoas que enganam, são enganadas e enganam a si próprias divergindo da realidade e dos problemas urgentes como: fome, pobreza, desigualdades, preconceitos, abusos, concentração e tantos outros que existem há séculos fica mais difícil saber em que e em quem acreditar e qual caminho a se seguir.

O melhor caminho é o do bem comum? E esse comum é uma convergência da vontade de todos, buscando respeitar a vontade da maioria? Pois bem, se essa maioria é manipulada por minorias e interesses diversos que não representam as necessidades reais e urgentes da maioria, acabam criando uma ilusão sobre quais são essas necessidades e até certo ponto e impedindo o desenvolvimento da sociedade. Não podemos eximir a parcela de culpa individual, a nossa própria culpa nessas configurações, mas não podemos ser sempre passivos nesse processo.

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Existem pessoas que não tentam nada por medo do… Sucesso! Isso mesmo, elas não tem medo de falhar ou de errar, ou talvez tenham muito medo disso também, mas há pessoas que tem medo de conseguir justamente tudo aquilo que se propôs a fazer e tentar na vida. Pode parecer estranho, mas o sucesso pode significar dedicação, confiança, determinação, realização pessoal, felicidade, e tantas outras coisas que são mais ou menos subjetivas e que dependem da percepção alheia ao indivíduo de “sucesso”.

Reconhecimento, talvez, seja o que muitos lembram quando se fala em sucesso. E isso consome energia, tempo, cuidados e mais dedicação e determinação para se manter o status. Igualmente, ou até mais trabalhoso, que atingir o sucesso é manter seu nível por longos períodos. Visto dessa forma o medo do sucesso pode ser então o medo do fracasso eminente e posterior ao sucesso, medo de não conseguir atingir as expectativas.

O medo do fracasso é limitador e assustador, para muitos inibe tentativas de mudar e melhorar suas vidas, de arriscar mais e até experimentar algo que seja fora da rotina, mesmo se a rotina já estiver deprimente, desgastante, sem nenhuma perspectiva de melhora, porém estável, aparentemente segura, pois já está acostumado a viver assim. O medo então não é de continuar a pobre e triste vida de agora, é de tentar uma mudança e piorar essa condição.

Se tentar já é um sacrifício por si só, imagina como será o erro para essas pessoas. A mera possibilidade de que isso ocorra já é suficiente para a paralisia e resignação. Mesmo que exista o desejo de uma vida melhor, eles são mais planos mirabolantes, fantasiosos e ficam no plano das intenções, ao invés de metas e objetivos concretos e perseguidos. Isso com o tempo gera uma frustração que vai se ampliando e, mesmo que os sonhos e metas não buscados sejam esquecidos, o sentimento de insatisfação e tristeza vão se acumulando.

Já ouviu aquele termo que existem “pessoas de mal com a vida”? Quem sabe quais tragédias se abateram sobre essas, mas com certeza há pessoas frustradas que acabam tendo um ar de acidez, deboche e até “maldade” em torno delas. Não é inteiramente por culpa dela, a vida é surpreendente e imprevisível, há acontecimentos que desviam completamente de metas e objetivos muito bem pensados e estabelecidos. O problema está quando se usa situações adversas como muletas para não arriscar e ir atrás de seus sonhos e acabar infeliz e miserável com a nova situação.

Afinal, se houve alguns problemas e desvios ao longo do caminho, qual o problema em adaptar ou adiar os planos para que sejam aceitáveis? Ou não está feliz com o aceitável, então não vai tentar mais nada? Isso não faz muito sentido, faz?

Deixar de fazer alguma coisa, seja pelo contexto, pela falta de vontade ou por uma mudança pessoal não deve ser impedimento para fazer outras coisas que ainda podem te levar a seus objetivos. Não se pode parar em cada desafio e adversidade só por que é difícil e chato em alguns momentos. Mas também não é legal continuar em um caminho assim, se não houver perspectivas e planos de melhoras.

Também devemos tomar cuidado com o “erro”. Muitas coisas que são considerados como erros ou decisões erradas na vida de uns, podem ser a melhor coisa para outros. O certo ou errado, nesses casos, podem variar. Se você toma diversas decisões pessoais, quem pode dizer se elas são certas ou erradas? Existe um juiz capaz de controlar sua vida depois de uma certa idade e tomada de consciência? Se depois de uma série de decisões e ações consideradas erradas, o sucesso pleno e esperado inicialmente é atingido é correto falar que foram tão erradas assim?

Claro que há muitas outras implicações e nuances que não podem ser generalizadas e que  não se encaixam nos padrões e discussões aqui expostos, mas de forma geral pensar o sucesso ou fracasso varia tanto quanto a percepção dos outros e mais ainda de si mesmo. Aliás, mais de você mesmo no final das contas, pois não  vai importar muito o que os outros pensam, se você não concorda ou aceita isso. Se outros acham que você atingiu o sucesso, mas você não acredita ou aceita isso como verdade ou como certo, o sucesso pleno existe mesmo? Estar satisfeito consigo é uma forma de obter sucesso pessoal? Há inúmeras convenções e expectativas sejam familiares, sociais ou culturais, mas o indivíduo faz parte desse processo e deve ter sua voz, e no final das contas é ele que decide os rumos da sua vida, mesmo que não de forma total e independente.

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Acho que a primeira resposta a essa pergunta deve ser, quando se está feliz com as escolhas feitas. Embora não seja a melhor resposta do mundo. É claro que a própria pergunta pode ser alvo de trocadilhos e algumas exceções. Como, por exemplo, posso dizer que estou no caminho certo, pois sigo as instruções do GPS… Ou, sei que estou no caminho certo, porque não existe outro; E até, sou feliz com a infelicidade alheia ou fazendo o mal (espero não conhecer esse tipo de gente).

Para ser feliz, o que é preciso? E, talvez, seja essa a pergunta mais importante. Talvez, nem tanto a felicidade, quanto a busca por ela, e o que você é ou não capaz de fazer para alcançá-la, deve ser considerado. Afinal, vale ser feliz quando todos à sua volta não são? Até que ponto isso não é estar se enganando?

São cada vez mais indagações e detalhes a serem pensados, ignorados muitas vezes nas perguntas que, em um primeiro momento, parecem simples. Também não podemos levar a vida questionando tudo e todos à todo momento e nos mínimos detalhes, podemos? Provavelmente levaria à loucura e certamente desastres e estagnações, assim como seguir fiel e cegamente algumas diretrizes e ordens já provaram ter resultados assustadores e catastróficos.

Então, algumas certezas e generalizações na vida não podem faltar. O caminho que acho certo é aquele que eu possa buscar a felicidade e achá-la, mas sem que para isso prejudique outra pessoa e a mim mesmo. Que seja um caminho que eu possa me divertir, mesmo que haja dificuldades e frustrações momentâneas. Ter medo de errar é uma coisa, não tentar é outra. Isso pode até soar como clichês e até são, pois de certo modo clichês exalam obviedade e simplificações. Não quer dizer que só por isso deva ser ignorado. Se são óbvios, por que tão difícil de perceber em certos momentos? Nem a vida deva ser vista como um grande ciclo de clichês.

A racionalidade nem sempre se aplica nesses momentos. Os sentimentos e vontades interferem nas reações e decisões, para o bem ou para o mal, também não existe apenas caminhos imutáveis e decisões irrevogáveis. Às vezes, podemos voltar e tentar de novo, fazer diferente, buscar outro rumo.

Confesso que eu fiz escolhas que muita gente não entendeu, mas que fazem muito sentido para mim. Claro que não foram decisões fáceis, quer dizer, algumas foram, mas que com certeza tiveram impactos significativos. Mas estou confiante nesse caminho, no momento animado com o trajeto. Mesmo que seja aterrorizador pensar nos obstáculos. Saber dosar entre sentimentos, vontades, racionalidades e objetivos e tentar ser equilibrado, em alguns momentos são válidos. Exageros contínuos e constantes são altamente prejudiciais. Talvez, devemos aprender a lidar com as escolhas, pois cada escolha também significa um abandono, ir atrás de um objetivo te impede de ir atrás de outros, mas não ir atrás, ou pior, não ter nenhum objetivo te impede de viver e ser feliz. A não ser por obra do acaso, e atualmente, não dá para contar apenas com a sorte.